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................... Ah, meus velhos camaradas!
Aonde foram vocês? Onde é que estão
Aquelas nossas ideais noitadas?
Fiquei sozinho... Mas não creio, não,
Estejam nossas almas separadas!
Às vezes sinto aqui, nestas calçadas,
O passo amigo de vocês... E então
Não me constranjo de sentir-me alegre,
De amar a vida assim, por mais que ela nos minta...
E no meu romantismo vagabundo
Eu sei que nestes céus de Curitiba
é para nós que inda S. Pedro pinta
Os mais belos crepúsculos do mundo!...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
cause I'm not strong without you
Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.
Caio Caio Caio Caio...
Caio Caio Caio Caio...
sábado, 25 de setembro de 2010
Ode aos dias avessos [achei que haviam se perdido]
vá e volte
a gente agora não é flecha
elásticos...
l e v e s
iremos e voltaremos
amanheça e partiremos...
partiremos, não corações, mas impossibilidades
todas aos cacos
em caixinhas e então, ao mar jogaremos
como pétalas de outras estações
não, eu não
não deixarei que a ressaca do mundo me
afogue
como às impossibilidades
não, serei eu
essa não é a nossa onda
conosco é a liberdade
l e v í s s i m a
pois que, ir e voltar
é como não calar
é não parar
de amar
tentar
e quando voltarmos
não nos encontrarão
ah, não...
keep walking, Johnnie
sei muito, vou vendo...
só não alegrias doçuras e sutilezas
guardei-as no bolso, pra mais tarde
e as perdi, esqueci
fui vendo...
e agora reencontrá-las é penoso
perdendo...
o tempo perderei se não as encontrar
mas tem o medo também
esse, difícil de perder
vês?
terça-feira, 27 de julho de 2010
encantando
de viver a poesia
vieram me contar
que hoje é dia
nem mais nem menos
nem ontem nem depois
é hoje
foi hoje que me disseram
num sussuro facilitado pelo mundo silenciado
num instante
e de repente tudo ficou assim
tão leve a minha mente
sem mais nem menos
me escolheram
pra viver
ver e crescer
e pra depois, no fim do dia, nem tudo são sussurros delicados
vejam só
me gritaram que
no fim do dia,
também com a poesia, porque ela não é de ficar sozinha
tão nua...
me gritaram
no fim do dia também eu devo morrer
e levar comigo
quietinha e bem guardada
a poesia
pra que amanhã outro possa ver ela de novo renascer
não nesse meu coração aflito de viver
mas em outro que na calmaria de um sussuro
também irá ver
o que hoje me veio acontecer
a poesia não é só
não vai só
vive, nasce, morre
sempre com um ser
num coração
nunca é solidão
ai de mim, tantos anos que vivi sem sabê-la
sem senti-la
como tenho agora em minha alma
esse transcender que me transborda
esse não sei o quê
que me invadiu e que levarei comigo
quietinha
prum outro canto de outro mundo
pra encontrar...
vieram me contar
que hoje é dia
nem mais nem menos
nem ontem nem depois
é hoje
foi hoje que me disseram
num sussuro facilitado pelo mundo silenciado
num instante
e de repente tudo ficou assim
tão leve a minha mente
sem mais nem menos
me escolheram
pra viver
ver e crescer
e pra depois, no fim do dia, nem tudo são sussurros delicados
vejam só
me gritaram que
no fim do dia,
também com a poesia, porque ela não é de ficar sozinha
tão nua...
me gritaram
no fim do dia também eu devo morrer
e levar comigo
quietinha e bem guardada
a poesia
pra que amanhã outro possa ver ela de novo renascer
não nesse meu coração aflito de viver
mas em outro que na calmaria de um sussuro
também irá ver
o que hoje me veio acontecer
a poesia não é só
não vai só
vive, nasce, morre
sempre com um ser
num coração
nunca é solidão
ai de mim, tantos anos que vivi sem sabê-la
sem senti-la
como tenho agora em minha alma
esse transcender que me transborda
esse não sei o quê
que me invadiu e que levarei comigo
quietinha
prum outro canto de outro mundo
pra encontrar...
domingo, 25 de julho de 2010
lamento
Morena, tem pena
Mas ouve o meu lamento
Tento em vão
Te esquecer
Mas, olhe, o meu tormento é tanto
Que eu vivo em pranto e sou todo infeliz
Não há coisa mais triste, meu benzinho
Que esse chorinho que eu te fiz
Pixinguinha
Mas ouve o meu lamento
Tento em vão
Te esquecer
Mas, olhe, o meu tormento é tanto
Que eu vivo em pranto e sou todo infeliz
Não há coisa mais triste, meu benzinho
Que esse chorinho que eu te fiz
Pixinguinha
guardados
Da última vez que te vi
Algo meu ficou em ti
Ficou no ar, na hora nem sei, não vi
Tanto tinha pra dizer mas me esqueci
Algo meu ficou em ti
Ficou no ar, na hora nem sei, não vi
Tanto tinha pra dizer mas me esqueci
domingo, 9 de maio de 2010
revés
Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor...
vivendo em maio revivendo Rosa e o amor? Vai vendo...
domingo, 18 de abril de 2010
solidão? que nada...
quis transformar o tédio em poesia
quando dei por mim, era tudo você, nessa dística melodia
(re)vivendo cazuza em abril
sábado, 3 de abril de 2010
rastrear estrelas distraídas traídas perdidas
me traz mais
quero mais
sinto que sim
mais doses
de poesias e de poetas
no canto do meu ouvido
deslizando pétalas
as primeiras e únicas, tão puras
como poesias são sempre
mais doses, de vinhos doces
ou, nem tanto assim
vamos nessa
nessa nossa hora
e mais e mais é o que queremos, sei que sim
mais poesias, ou, virtudes outras, que não essas
mas que nos acalmem o coração
negro na noite
sólido nessas noites de verão
quentes, quente, pulsa em ti meu coração
quero mais
sinto que sim
mais doses
de poesias e de poetas
no canto do meu ouvido
deslizando pétalas
as primeiras e únicas, tão puras
como poesias são sempre
mais doses, de vinhos doces
ou, nem tanto assim
vamos nessa
nessa nossa hora
e mais e mais é o que queremos, sei que sim
mais poesias, ou, virtudes outras, que não essas
mas que nos acalmem o coração
negro na noite
sólido nessas noites de verão
quentes, quente, pulsa em ti meu coração
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
e garoava sobre o rio Sena, fazia frio
Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas
quando você tem o amor e as estradas
de manso tem também a ausência:
quando você tem o amor e as estradas
de manso tem também a ausência:
sábado, 30 de janeiro de 2010
um aceno
Poe morreu bêbado; Rimbaud, doente; Iessiênin e Maiakovsky se mataram. Ok, poesia: você venceu.
Renato Tapado
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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