sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Não há nada a mais

Se você ligar, e eu fingir não estar
Não se espante
Meu amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade
Não se espante se ao me ver eu lhe disser, é de coração, hoje não vou te pedir pra ficar
É ela, quem chega disfarçada de aurora, colorindo minhas manhãs solitárias e não vai nem se eu pedir! (Pra ficar)
Não deixe a decepção te enlouquecer, por favor, não me faça odiar você
Amanhã, se chover, venha me ver, caso a minha solidão transparecer, faça dela um artifício, deixe a aurora te contagiar

E... veja!
Nada é suficiente quando as noites passam a perder de vista, e eu a me perder em teus braços

Suavidade e Leveza sempre andaram juntas, e eu que me perdi (em outros braços) talvez um dia me dê conta que devo andar junto a ti
Vou deixar a tristeza desaparecer, o sopro do nosso amor irá transparecer.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Doce

Todos os encontros, todos os poemas, manda me avisar. Todos os domingos, tardes de chuva fina, manda me avisar, manda me avisar. Hoje cedo encontrei minha sina, andava perdida, sozinha numa esquina. Letra musicada vinha me dizendo; nas entrelinhas (eu escuto o que eles dizem). Vinha lá dizendo "Solidão, corre que eu te encontro, eu já tenho nome". Pode ser que seja essa a minha bobagem, ou não. Meu amor repousa em você, todos os encontros e todos os poemas, são pra encantar, só pra te encantar. É, eu sei, todo ser humano pode ser um anjo. Eu sei, você até podia ser meu anjo. Mas dos nossos (des)encontros casuais, não nasceu tamanho amor capaz de te fazer meu anjo. Eu jurei que era sua, só pra te envolver, pra te fazer me amar. Quisera eu acreditar que essa letra vai acabar nas nuvens, eu no céu, feito anjo e você. Se anjos são seres iluminados, que amam perdidamente e depois de uma semana já nem guardam mais ressentimentos, se são dóceis e cruéis - crueldade suave e ponderada - amigos e fiéis, gostam da brisa gelada da manhã e do vento frio e acalentador que a noite escura das estrelas traz, se gostam de acreditar e choram por chorar ou por demasiadamente amar e por conseguinte se machucar, se gostam de rimar e andam a assoviar e cantarolar, se tem medo da paixão e sonham sonhos desses que só os mais otimistas guardam em segredo, Se anjos são assim, meu bem, foge que eu te encontro, que eu já tenho asas.
E isso lá é bom? Saibamos pois, o amanhã a quem pertence? Anjos são incertos como as horas do relógio, premeditados como crimes de crianças. Posso ser só uma, e é doce a solidão, menos nos dias de verão. É nos ventos arrebatadores de julho que eu me encontro, e nem a solidão, nem ela me alcança. Hoje vou jantar a céu aberto, a olhar estrelas e a ouvir suas canções delirantes e apaixonantes. Você vem comigo, não sei por quanto tempo, enquanto meu inverno durar, nem nas noites de solidão você longe de mim não vai ficar.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

hey girl, you are beautiful



17 anos, é bom por que não é nem 16 que traz junto aquela idéia de adolescente no auge da "vida social adolescente" e ainda não é 18 que traz consigo um baú de responsabilidades e obrigações. Dezessete é assim, despretenciosamente uma idade bela, um número quebrado mas novinho em folha e cheio de expectativas secretas, desejos inconscientes e sonhos absurdamente incríveis. Experimentando é que eu vou encher esses 17 anos com 12 meses de intensidade, noites amigáveis acompanhada de pessoas amigáveis. Isso até soa um pouco com o ano novo, mas sempre foi assim, eu acho que pela proximidade do 22 de novembro com o 01 de janeiro. São duas datas distintas mas que trazem a mesma mensagem de maneiras diferentes. É o ano novo que começa, a idade nova que chega, as coisas boas que eu pretendo realizar e aquelas que vão se realizar sem eu nem perceber. Eu espero fazer jus a tais expectativas e ter um ano, melhor do que esse, o que talvez não seja uma tarefa fácil. Pintar muros, escrever cartas de amor, cantar músicas desafinadas, dançar na chuva, observar a chuva, sentir o frio, se apaixonar no inverno, se apaixonar pelos sóis de verão, aprender as fórmulas da física, química e matemática, reencontrar amigos, conversar com desconhecidos, escrever um livro, escrever uma música, comer melancia de madrugada, passar horas numa livraria, encantar e agradar, amar literariamente a vida e fazer das minhas horas, das minhas manhãs, um romance com sabor de pizza doce e carregado de palavras bonitas como amor, beijo, doce, primavera, lirismos, aurora, angelical, Angélica.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Minha natureza (ainda está) viva

Agora que eu escrevo já nem sei mais porque, mas é só sobre a tristeza. Talvez seja mais fácil falar dela, as palavras parecem fluir fluir voar. Não devia ser assim, afinal por que falar da tristeza se temos a alegria? Um velho amigo certa vez disse que para ser feliz basta ser triste por um dia e então perceber que tudo é bom, a gente é que complica. Talvez seja natural complicar, talvez seja humano. Não. Certamente alguns devem ter concordado com o que eu disse, mas nem eu concordo. Natural é descomplicar, desenrolar, desbrigar. Natural é ser Humano, logo ser Humano é descomplicar, desenrolar, desbrigar. Agora por favor, não analisemos tão a fundo esse meu silogismo barato, até por que as premissas podem negar uma a outra complicando o que eu disse, e como eu acabo de afirmar que complicar não é natural e eu estou tentando fazer disso algo natural, vamos deixar passar. Mas afinal, o que define uma coisa como sendo ela natural ou não? Somos nós? Assim como a liberdade, alguns a têm, outros não. Mas eu acho que é muito pessoal. Talvez para meu vizinho liberdade seja morar sozinho e pode ser que para sua namorada liberdade seja escolher o que se quer, e o que ela quer é morar com ele, então aí temos um choque de liberdades. Assim como o natural e o não-natural, vai de cada um, mas podemos estabelecer um ponto de partida: a minha naturalidade começa quando acaba a sua. Ou seria liberdade? Estou confusa e quanto mais escrevo, menos me faço entender. Mas talvez seja esse o meu ciclo natural, escrever e não dizer, escrever e entender, escrever e

Mas esse meu ciclo natural começa a me irritar profundamente, e agora a vontade é apagar tudo isso e ir dormir, mas a minha natural persistência me impede. Então no fundo não é isso que eu quero, e querer é liberdade, e querer é natural, então eu continuo daqui, mas se assim desejar dirija-se ao canto direito da tela; isso esse botão vermelho. Sabe qual o nome dele? Liberdade. É a minha liberdade posta à prova agora. Eu vou deixar a minha naturalidade sobressair, assim quem sabe eu consiga me sobressair junto a ela (acho que estou precisando).

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Hi, how are you?

Clipes e lápis de cor na minha cama. Todos pensam que estou triste mas agora eu só quero passear por melodias e a chuva, ouvirá minhas palavras? Estaremos sós, eu e você, juntos? Eu posso esquecer de mim mesma. Eu sinto que podemos ir embora agora, se você desejar, eu posso tirar os clipes e lápis de cor da minha cama. Eu deixo você ficar, se você se render.


E, ao sair, não se esqueça de voltar, amanhã sinto que vou sentir sua falta.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

As Coisas (continuam passando)

Talvez certas coisas coisas não tenham um lugar definido mesmo. Assim como algumas pessoas. Como eu. Não ter um lugar exato às vezes pode ser bom; só me resta descobrir como e quando. O que eu quero dizer é: o meu lugar é o lugar que eu quiser que seja e ninguém vai me impedir! Quem me ouve dizendo isso pensa que sou uma dessas pessoas cheias de ideais e atitude. Não exatamente. Na verdade, essa balela de atitudes e não aceitar as coisas como elas são, sempre ficou mais no papel, pelo menos comigo. Não que eu seja acomodada, eu até me lembro de uma vez em que, eu e meu irmão brincávamos na sorveteria quando ele quebrou taças empilhadas num balcão cor-de-rosa e colocou a culpa em mim. Eu protestei. Acho que não me saí muito bem, pois me lembro de ter levado alguns puxões de orelha. E acho que esse é todo o meu envolvimento com protestos. Nunca fui muito ativista, dessas do tipo "free hugs, por um mundo melhor" ou "salve as tartarugas marinhas e o fitoplâncton do lago da casa da minha avó" não que eu não goste - muito pelo contrário - sempre achei super "cool" protestar, mas como eu já disse, comigo as coisas sempre ficam só no papel. Assim como esse texto que também não é nenhum protesto, é mais uma manifestação-pacífica-sem-fins-lucrativos-ou-ideais-pré-elaborados. Assim como toda a minha vida; eu creio. Eu acho que é meio pessoal, quer dizer.. por que é que eu estou dizendo isso mesmo? Talvez a resposta esteja na próxima página que eu pretendo escrever, ou talvez ela esteja no fundo daquele lago, na casa da minha avó - que agora já secou - eu só espero que a minha história não tenha sumido junto. Aliás, prefiro acreditar que certas partes da nossa própria história são como quebra-cabeças e, cedo ou tarde, a gente encaixa.

domingo, 9 de novembro de 2008

Só porque estamos perdidos, não significa que a verdade também esteja

Eu sonho (acordada), sempre com o mesmo lugar. A cor muda e outras pessoas estão lá mas tem sempre algo que me lembra você. Na minha chícara de café ao lado da cama tem o seu gosto. Nos quadros que eu costumava pintar, agora espalhados pelos corredores têm seus elogios incontidos e descabidos. Nas minhas músicas têm o seu palpite e no meu casaco verde tem o bilhete com seu telefone que eu há muito decorei. São sonhos no presente e você no passado. Há uma descontinuidade nisso e eu não entendo por quê. Se eu soubesse aquela parte da história em que você me deixou de fora, eu já teria terminado meu livro, esse que é pra ser um best-seller de capa bonita, inteligente e bem-humorado e até com aquelas folhas amarelas que não dão reflexos. Mas não. Como sempre, na minha história falta um pedaço. Foi assim a minha vida toda, e agora eu sei que você sabe que tem o poder em suas mãos e que eu sou como uma jóia preciosa e você, o ladrão que me esconde e esqueçe onde guardou ou por que guardou. E só eu sei que meu brilho está se apagando e nem você pode mais me tirar de lá. E então me contar a parte da história que eu perdi, talvez não faça mais sentido, talvez eu já tenha perdido. Eu devia era ter perdido o número do seu telefone, que você despretenciosamente me deu aquela noite no bar. Você, sempre a 3ª pessoa do singular que singularmente se faz presente nos meus sonhos, e ausente no meu presente. Eu já nem sei mais se o que eu escrevo tem sentido, se é que algum dia teve algum. Esses suspiros estão me matando e a sua indiferença mais ainda. Acho que até fantasmas e almas perdidas recebem mais atenção e estão menos perdidas que eu. Descontida, Desvairada, Despercebida, Desestruturada, Desde o dia em que você Decidiu não mais fazer parte da minha história e levou consigo todo o Descaso (que eu prefiria chamar de "parte bonita" se é que algum dia teve alguma.) do acaso da nossa história que agora se cerca simples e tão somente na 1ª pessoa do sigular. Eu Dentro da noite, andando em círculos com as juras do seu amor (menos eterno, agora eu percebo) nos meus lençóis. E a essas horas da noite eu já nem sei mais se sou jóia, muito menos preciosa pra você ou pra ninguém. Por mais que eu me esconda por trás dessas teclas que varam madrugada a fora com barulhos Descontínuos, é você quem escancara a história e dá vida e mais barulho às minhas teclas. E por infortúnios do destino cósmico e astral nem a minha história, da minha vida, nem sequer essa eu consegui fazer girar em torno do meu próprio eixo. Tem sempre uma gravidade mais forte do que a minha GRAVeimaturIDADE. Já é tarde (ou cedo) e eu devo admitir que a minha história é você, que deve estar ai sentado no sofá que deu rumo a boas noites daquilo que eu costumava chamar de "uma história de amor eterno" e lendo calma-Despretenciosamente tentando acreditar que esse é só mais um desses best-sellers de folhas amarelas. Mas não. E só porque eu estou perdida, não significa que eu ainda não me encontre; em você.