Deu por sí, conclui, sem ao certo saber porquê
Aquele homem, não, não era mais
Mais que um verme, de tamanha podridão
E, visto que não havia de salvar-se, pôs-se de joelhos; tudo em vão
Larvas lhe cobriam a visão, podre imundiçe interior, restou
Seus gritos não mais eram sentidos, em meio àquela multidão, sussurro
Enfurecia, mas, putrefada, sua carne não mais sentia
Cego, e os berros, e a ausência da dor, sussuros tão altos que agora, a multidão ria
Pois ali, meu Deus, era um homem
Antes, e prevendo o que havia de ser, almaldiçoaram-no
Deixa, esse verme as larvas comem
E ali, meu Deus, exalava à inseto
Pisoteado, vencido por um desejo, este que a todos consome
Deu por sí, num último suspiro antes do mergulho da loucura eterna
E era só seu próprio manifesto