terça-feira, 15 de setembro de 2009

Odeon

Não há nada mais triste que um choro
Não, Não! Não há nada mais alegre que um choro
Ah, o choro…
Desceu dos Engenhos, banhou a costa e não se calou mais.
Primeira, Segunda, Terceira, e quantas outras gerações desses chorões!

Que melodia; é a menina dos olhos, é a Garota de Ipanema antes de Vinicius
A Mulher É Um Diabo de Saias e o choro é a visão de raio-X
Cuidado, não se assustem, até o diabo tem lá suas sutilezas
Saibam ouvir, mas tenham cautela, sim sim, é certo que sim.

E vejam, sintam:
Ingênuo, Carinhoso, Urubu Malandro, ah mas Naquele Tempo era
André de Sapato Novo e eu Vou Vivendo, Lamento, Apanhei-te Cavaquinho!

Ah que saudade, e isso é coisa de brasileiro
Mas eu não quero essa saudade das rosas
Não quero essa tristeza perfumada
Quero o choro! Por favor, um copo transbordando de chorinhos
Pra que eu possa morrer chorando
E viver amando…

Quando eu me for, diga que deixei um abraço à Pixinguinha e todos os outros
Diga que foi por causa deles e desse choro que ficou por dizer
Que eu fui
Pra não sofrer
Pra não me morrer de amores, só Vinicius morre de amores
E é feliz

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