sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um dia depois de sexta

Hoje vi um edifício chamado saudade. O trânsito estava caótico, quase bati o carro. E o céu, li esses dias em algum lugar uma definição que cabe aqui agora; li que São Paulo tem às vezes esse céu, prateado, que vai cobrindo a paulista em tons de cinza cintilante e que quase ninguém percebe. E acho que era assim que estava o dia hoje, prateado, bonito isso. Foi num dia assim em 87 que vi Luiz acenar pra mim de dentro do ônibus na rodoviária. A última vez que vi Luiz e ele estava tão contente. Só não havia esse trânsito de hoje, e um edifício chamado saudade era apenas um edifício chamado saudade.

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