Vejo a escuridão tingida de azul que flutua ao redor, no ar, vejo aquele véu branco e leve e sinto na alma uma alegria e uma felicidade comovedoras.
Estranha coisa, a vida. Antes, parecia-me ser livre, dar a tudo um sentido, ao passo que agora, mesmo querendo, eu não poderia fazê-lo. Então você entende: isso é amor, e isso é felicidade, e isso é alguma outra coisa ainda, mas a certa altura tudo parece misturar-se num único sentimento que se esconde nas profundezas da alma. E que não quer mostrar-se completamente, limitando-se a assomar quase como uma sombra incerta. Não o sei explicar. Mais de uma vez, tentei sufocá-lo.
Nina Lugovskaia
Nenhum comentário:
Postar um comentário